quinta-feira, 22 de março de 2012

A evolução da mídia

 A maioria das pessoas, senão todas, em algum momento da sua vida já estiveram em contato com um CD (compact disc – disco compacto) ou um DVD (digital video disc – disco digital de vídeo). Esse contato, em geral, intuitivamente gerou uma forte associação entre CD e arquivos de áudio e DVD e arquivos de vídeo para “conhecedores superficiais” em relação a essas duas tecnologias. Você já se perguntou ou sabe responder o porquê dessa associação? E o blu-ray disc (disco de raio azul – nome que referencia a cor azul-violeta do raio laser – que perdeu o ‘e’ de blue por questões comerciais em alguns países), o que tem a ver com isso? Para melhor entendermos, voltemos há alguns anos atrás…




 

O disco de 78 rotações ou 78 rpm era uma chapa (formato bolacha), geralmente de cor negra, empregada no registro de áudio (músicas, discursos, efeitos sonoros, trilha sonora de filmes, etc.). Em geral, foram grandemente utilizados na primeira metade do século XX.
O material utilizado em sua fabricação era a goma-laca, que dava uma característica rija, vítrea e extremamente frágil ao formato. Eram executados inicialmente nos gramofones e, posteriormente, nos toca-discos eléctricos.
Até 1948 eram o único meio de armazenamento de áudio, quando foi inventado o LP, mais resistente, flexível, e com maior tempo de duração.


 
O disco de vinil, conhecido simplesmente como vinil, ou ainda Long Play (LP) é uma mídia desenvolvida no início da década de 1950 para a reprodução musical, que usa um material plástico chamado vinil.
Trata-se de um disco de material plástico (normalmente cloreto de polivinila, ou PVC), usualmente de cor preta, que registra informações de áudio, as quais podem ser reproduzidas através de um toca-discos.
O disco de vinil possui micro-sulcos ou ranhuras em forma espiralada que conduzem a agulha do toca-discos da borda externa até o centro no sentido horário. Trata-se de uma gravação analógica, mecânica. Esses sulcos são microscópicos e fazem a agulha vibrar. Essa vibração é transformada em sinal elétrico. Este sinal elétrico é posteriormente amplificado e transformado em som audível (música).[2]
O vinil é um tipo de plástico muito delicado e qualquer arranhão pode tornar-se uma falha, a comprometer a qualidade sonora. Os discos precisam constantemente ser limpos e estar sempre livres de poeira, ser guardados sempre na posição vertical e dentro de sua capa e envelope de proteção (conhecidas, vulgarmente, como capa de dentro e de fora). A poeira é um dos piores inimigos do vinil, pois funciona como um abrasivo, a danificar tanto o disco como a agulha.



No Brasil, em meados da década de 1990, tínhamos uma forte popularidade comercial de fitas K7 e discos de vinil (na fase final de vida) que eram amplamente utilizados como mídias de reprodução de áudio. No campo de armazenamento de arquivos, o disquete reinava como opção para pessoas que precisavam guardar ou transportar arquivos de um computador para o outro. Como alguns sabem, a qualidade de áudio das  fitas K7 não era muito boa e tinha-se o inconveniente, na hora que se precisava mudar de música, de ter que girar as bobinas da fita aos poucos até encontrar a próxima música.


 

A fita cassete ou compact cassette é um padrão de fita para gravação de áudio lançado oficialmente em 1963, invenção da empresa holandesa Philips.
O cassete era constituído basicamente por 2 carretéis, a fita magnética e todo o mecanismo de movimento da fita alojados em uma caixa plástica, isto facilitava o manuseio e a utilização permitindo que a fita fosse colocada ou retirada em qualquer ponto da reprodução ou gravação sem a necessidade de ser rebobinada como as fitas de rolo. Com um tamanho de 10 cm x 7 cm, a caixa plástica permitia uma enorme economia de espaço em relação às fitas tradicionais.


O audiocassete ou fita cassete foi uma revolução difundindo tremendamente a possibilidade de se gravar e se reproduzir som. No início, a pequena largura da fita e a velocidade reduzida (para permitir uma duração de pelo menos 30 minutos por lado) comprometiam a qualidade do som, mas recursos tecnológicos foram incorporados ao longo do tempo que tornaram a qualidade bastante razoável como: novas camadas magnéticas (Low Noise, Cromo, Ferro Puro e Metal), cabeças de gravação e reprodução de melhor qualidade nos aparelhos e filtros (Dolby Noise Reduction) para redução de ruídos.
Os primeiros gravadores com áudio cassete da Philips já eram portáteis, mas no final dos anos 70 com a invenção do walkman pela Sony, um reprodutor cassete super compacto de bolso com fones de ouvido, houve a explosão do som individual.


 

No caso do disquete, a capacidade de   armazenamento – 1,44 megabytes – aos poucos se tornaria insuficiente. Disquete é um disco de mídia magnética removível, para armazenamento de dados. O termo equivalente em inglês é floppy-disk, significando disco flexível.


 
Foi nesse ambiente que surgiu o CD com qualidade de som superior, facilidade ao usuári o de mudar de música e melhor tempo de vida útil por sofrer menos com a degradação ambiental (sinais eletromagnéticos, umidade, calor, etc.) que a fita K7. Como mídia de armazenamento de arquivos, superou o disquete por ter uma capacidade superior – 700 megabytes – contra os poucos 1,44 megabytes oferecidos pelo “concorrente”. Hoje, o CD continua a ser muito utilizado como CD de áudio convencional, CD de mp3, CD de vídeo ou para armazenar arquivos. Percebe-se que não foi dessa vez que o CD perdeu o seu lugar no mercado, principalmente porque, o áudio mp3, muito difundido atualmente, utiliza essa mídia para “rodar”.


 
 Com o DVD a história foi um pouco diferente. O seu antecessor foi a fita VHS (video home system – sistema de vídeo caseiro) que ficou obsoleta no mercado de vídeo atual. O DVD foi originalmente utilizado para armazenar vídeos – apesar de poder ser utilizado para todas as funções supracitadas para CD – e, pelas mesmas razões da substituição da fita K7 pelo CD, vem substituindo a fita VHS.


 
Outro fato a ser considerado é que o DVD, aos poucos, ganha espaço em relação ao compact disc como mídia de armazenamento de arquivos. Isso se deve a sua maior capacidade (4489 megabytes ou o dobro para o DVD dual-layer) e à baixa dos preços dos gravadores desse tipo de mídia. Além do mais, os vídeos são os arquivos que mais consomem espaço em disco, necessariamente, teria que se ter uma mídia com maior capacidade de armazenamento, daí a importância do DVD em relação ao CD.


 
Surge, recentemente, a mídia que pode se destacar no mercado nos próximos anos: o blu-ray. Imagine que nela cabem, aproximadamente, 25 gigabytes – cerca de 25.600 megabytes – de dados ou 50 gigabytes de dados para o blu-ray dual-layer. Isso irá revolucionar a qualidade de imagem de vídeo e será motivo de alegria para os que fazem backup (cópia) de informações.

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